quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ÚLTIMA PÁGINA

Cada livro tem sua
última página.
Encerra a parábola final,
o resumo e a moral da história.
A história sem moral
é como adoçante,
fica sem açúcar,
embora pretenda ser doce.
Nosso interior
é o cofre de repouso do caráter,
construído a duras penas.
Nem só de alegrias,
mas com choros também.
Há ! como ando chorando de emoção!...
Basta ler “Eu Sou Tuquinha”,
assistir formaturas e mandar flores.
Penso dar um presente
aos que me amam,
compondo este livro
de poemas, poesias, versos,
enfim, todo prosa para presentea-lo.

Deixem meu Livro passar !

terça-feira, 2 de novembro de 2010

MATRIX

Ser Matrix
ou ser Filiax,
é só um “X” na questão.
O amor é o nó
e a solução.
Matrix é o verso
a Filiax o reverso:
oferecem a pax,
a diretrix
e o poder da sedução.
Governo com a Matrix..
Mora perto da Filiax.
O no é o “X”,
o amor a solução.
Ser ou não ser Matrix,
eis a questão!


“Classificada em 3º lugar no Concurso Relâmpago realizado dia 10/05/04 pela APPERJ – Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro”.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

HOMENAGEM A MARA

Cometas ou Estrelas ?
Há pessoas cometas,
há pessoas estrelas.
Os cometas são lembrados
pela sua passagem
e às vezes, nunca mais voltam.
As estrelas permanecem.
Cometas não aquecem, não brilham,
não marcam presença.
Estrelas são luz, brilho, vida !
Amigos são estrelas.
Podem passar anos,
podem surgir infinitas distâncias,
mas a marca fica no coração.
Amigo-estrela é companheiro,
conserva os sentimentos,
aprecia momentos,
conforta e confronta,
cria oportunidades de crescimento
e dá ofertas de si mesmo.

Amigo-estrela, eu posso sentir,
ver, tocar, telefonar, escrever ...
É como um vento fresco
nos momentos de tensão,
claridade nas horas escuras,
incentivo no desânimo,
bálsamo ao coração.
Para o amigo-estrela eu posso dizer:
“Eu não sou você ... você não é eu,
mas sou mais eu e você é mais você
quando estamos juntos”.

Léo Buscagila

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AMIGA DO CALÇADÃO

O sol com preguiça desponta,
na borda do mar.
Pronto para aquecer o seu andar.
No calçadão, com passos ligeiros,
balança seu porte de dama,
puxando a cauda da sombra elegante,
sem olhar... nem pra mim, nem pro sol.
Imagino seu nome:
Parece Teresa da Praia ou Maria do Mar.
Todos os dias repete, no mesmo horário,
esse caminhar.
Pisando os passos da fama,
no itinerário de Copacabana.
Vou me encher de coragem,
em coro com o sol,
Cantaremos bem alto:
Bom dia, Teresa da Praia!
Bom dia, Maria do Mar!

Janeiro de 1999

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BAIRRO JARDIM CANADÁ

Não fosse o tempo
o senhor da razão,
nossos tempos seriam
apenas sós.

Mas, a grande mão
do Criador de todos
os Criadores, está
mexendo.

E, se assim for,
espero que o “Jardim Canadá”
floresça com todo o
perfume que exala do
seu espírito Criador
nas serenas madrugadas.

Possa eu, humildemente,
como um simples pastor,
participar do seu
maravilhoso mundo.

Agosto de 2004